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Abr 10

 

 

Estou a ficar... grego-dependente? Talvez, mas não só…

 

Com maior calma e atenção, voltei a pegar na edição portuguesa do «Le Monde Diplomatique», de Março último, e eis que leio a páginas tantas:

 

«Em 2008, os profissionais liberais (médicos, advogados, arquitectos) declararam um rendimento de 10 493 euros, os homens de negócios e os comerciantes de 13 236 em média, enquanto o rendimento dos assalariados e dos aposentados ascendeu a 16 123 euros. Para o fisco, os mais ricos são os operários, os empregados e os reformados.»

 

Isto, meus caros amigos, não vos faz lembrar nada?

Mais adiante:

 

«Os rendimentos resultantes do trabalho ilegal ou ‘informal’, contribuem em tempo de crise para amortecer as consequências sociais e até para estabilizar a conjuntura. Mais ainda, atrasar a idade de aposentação faz com que muitos empregos continuem ocupados por mais tempo, o que reduz tanto mais as hipóteses de a jovem geração lhes aceder.»

 

Isto não vos lembrar nada?

E a seguir:

 

«(…) desde a adesão em 1981, o país recebeu mais de 100 mil milhões de dólares de fundos comunitários. Para onde foi este dinheiro? Uma grande parte serviu para infra-estruturas, graças às quais o Estado conseguiu, em larga medida, agradar aos contribuintes - a começar pelos mais ricos. Aplicou-lhes uma taxa de imposto que era das mais baixas da União antes do alargamento. Uma outra parte desses fundos, relevante mas difícil de quantificar, foi parar a contas privadas.»

 

Isto também não vos faz lembrar nada?

A mim parece-me que já vi (e ainda vejo!) este “filme” por cá.

 

publicado por flordocardo às 00:03

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