Este post devia ser de ontem, ou mesmo de anteontem. Ou podia e devia ser de há muito tempo antes, ou ainda mesmo assim tão intemporal que nunca devia ter existido, ou sequer devia ter sido pensado.
Este post não tem nome, não tem título.
Este post é um beijo - ou a memória clandestina, intensa, visceral de um beijo antigo, e tão presente que ofusca tudo em seu redor.
Este é o post de quem não tem palavras suficientemente exactas e luminosas, por entre a bebedeira da luz, da sombra e do ar presentes. É o post daquele que procura o poema capaz e tudo demora e desespera nessa procura; e quase cega.
Este post é o esboço, excessivo, de um poema futuro e, como o vento, sem data marcada; poema que busca incessantemente a sua própria, irrepetível e perfumada forma.