Há um ano atrás, mais ou menos por esta hora, teve início a aventura deste blogue. O barco largou o cais para parte incerta e sem ideia precisa do mar que apanharia pela frente.
Um ano de vida e de viagem… e o que vos posso dizer?...
Que procurei estar atento e fiel às minhas convicções; que aprendi coisas novas e descobri pessoas novas; que o mundo é incomensuravelmente grande; que pude continuar a surpreender-me - coisa imprescindível a qualquer vida que a si própria se mereça; que pude, talvez, surpreender outros também; que desesperei, chorei e ri.
Não sendo tudo, é ainda assim muito. Por estranho que isto possa parecer, acho que ganhei um novo irmão (ou irmã) e que tal facto me ajudou a manter-me vivo em alguns momentos mais difíceis.
Deste ano de deriva resultaram até agora 570 posts - incluindo este - e 551 comentários. Ou seja, em média, mais de um post e meio por dia, sucedendo praticamente o mesmo com os comentários (ainda que, entre estes, muitos sejam respostas minhas aos comentários surgidos). Por este prisma, também considero o balanço positivo.
Tenho a impressão que falta por aqui, porém, qualquer coisa ainda; algo de indecifrável. Mas talvez seja na realidade a mim que essa coisa falte (sobremaneira neste dia de hoje), e não propriamente ao blogue em si mesmo. A ver vamos.
Mas sei que gosto de vos ter por aí - uns mais ocultos do que outros, outros mais visíveis do que outros. E continuarei por aqui enquanto as forças não me faltarem, enquanto este blogue continuar a fazer sentido em mim.
Aproveito o ensejo para vos comunicar que repus umas fotografias que havia retirado (ver o post «Falar do Blogue»). Tal como na altura fez sentido “apagá-las”, tenho para mim que agora tal deixou de fazer sentido.
Abraça-vos. Renovo os agradecimentos feitos em 25 de Janeiro (no citado post) e acrescento o meu obrigado à «reptos», à «só avulso», à «spaghetti spot» e à «divagar sobre» - cujos respectivos blogues têm sido permanente companhia minha nos tempos mais recentes.
Continuemos a viagem. Continuemos o mar.
Deixem-me ser testemunho. Deixem-me ser a flor do cardo!