1. Através do IEFP ficámos a saber há dias atrás que o desemprego continua a aumentar em Portugal. A chaga avoluma-se, mesmo num período de tradicional criação de empregos sazonais, o que só prova a gravidade da situação.
Entretanto, hoje mesmo, o «Jornal de Notícias» dá conta de que diversos especialistas alertam que o pior está para vir nesta matéria, revelando igualmente que em Julho passado se registaram 128 falências de empresas, enquanto outras 308 avançaram com pedidos de insolvência. É obra!
É óbvio concluir que esta classe dominante - e governante - não tem qualquer solução para este problema nem para qualquer outra coisa.
2. Opinião diferente desta terá certamente um senhor que dá pelo nome de João César das Neves e a quem chamam de economista. O mesmo diz, também hoje, no «Diário de Notícias», a dado passo, isto: «O maior disparate, o mais comum, é deduzir da crise a necessidade de mudar de sistema. Isso equivale a recomendar às vítimas de um desastre de automóvel que andem de burro.»
Vê-se logo que a preocupação do homem é que o sistema não seja posto em causa. Mas se não é o sistema que está em causa, então o que é que está? Querem lá ver que é o burro?!...