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Abr 10

 

 

Em 27 de Abril do ano passado, no meu 2º. post, fiz referência a um fado cantado por Aldina Duarte, inserto no álbum «Crua» (2006), precisamente intitulado «Flor do Cardo». E disse-vos então como ele de certa forma inspirara a criação deste espaço ou, pelo menos, o seu nome.

 

O que nunca vos dei a conhecer foi o fado e a sua letra. O fado pela voz de Aldina ainda não o consegui arranjar pela net. Mas a letra, de autoria de João Monge, essa deixo-a aqui agora (ainda que tenha a certeza que somente cantada pela Aldina ela atinge plena e intensamente o alvo). 

 

Nesta bela noite de lua cheia, ora vejam...

*  *

 

Flor do Cardo

- João Monge/Joaquim Campos -

(Fado Tango)

 

 

Dói-me ser a Flor do Cardo

não ter a mão de ninguém

tenho a estranha natureza

de florir com a tristeza

e com ela me dar bem

 

dói-me o Tejo e dói-me a Lua

dói-me a luz dessa aguarela

tudo o que foi criação

se transforma em solidão

visto da minha janela

 

o tempo não me diz nada

já nada em mim se consome

não sou princípio nem fim

já nada chama por mim

até me dói o meu nome

 

dói-me ser a Flor do Cardo

não ter a mão de ninguém

hei-de ser Cravo Encarnado

que vive em pé separado

e acaba na mão de alguém

 

         (PS - E comprem o CD)

 

publicado por flordocardo às 01:39

AHHHHHHH BOCA LINDAAAAAAAAAAA !!!!!!!!!!!


Beijos,

Mana
paulette a 29 de Abril de 2010 às 19:50

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