Por certo que se recordam...
Afirmando estar disposto a tudo para retirar José Sócrates e o PS do poder, o Dr. Passos Coelho foi eleito líder do PSD. O homem apresentava-se como mais do que preparado para vir a ser primeiro-ministro mal a oportunidade surgisse, aparecesse ela já ou um pouco mais à frente. Mas a verdade é que, passados poucos dias, o novo líder do PSD colocou a viola no saco...
A mudança consumou-se no encontro realizado esta semana entre Passos Coelho e José Sócrates. E porquê? Porque a gravidade da crise do sistema capitalista assim o impõe de forma inexorável. É preciso actuar!
A «convergência» fez implodir as promessas de «combate» e de «alternativa». É o chamado «bloco central» a tocar a reunir.
Ora é necessário afirmar que tal «convergência» se está a forjar contra quem trabalha e mais ninguém. E que visa acelerar e mesmo agravar as desastrosas medidas contidas no PEC!
O vergonhoso ataque aos desempregados, mediante a diminuição do valor do subsídio de desemprego, já aí está. Passos Coelho já solicitou, entretanto, «paz social» aos sindicatos… Segue-se um aumento antecipado de impostos?...
Eu acho é que a esta «convergência» da classe dominante contra os trabalhadores portugueses é imperioso contrapor duas coisas: primeiro, uma viva denúncia da mesma; segundo, um claro reforço da própria unidade dos trabalhadores e da sua luta contra o PEC e cada uma das medidas nele contidas.
Vergar a espinha não é solução!