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Jun 10

 

 

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O ÚLTIMO POEMA

 

 

Assim eu quereria o meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

                                                             Manuel Bandeira (Brasil, 1886-1968)

(de «Estrela da Vida Inteira - Poesias Reunidas» - José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1978)

 

publicado por flordocardo às 13:03
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Muitíssimo bem escrito.Adorei.
Tudo a correr bem na tua vida.
Beijinhos
ónix a 16 de Junho de 2010 às 23:44

É um prazer para mim tu gostares deste poema. Eu vou andando...
Bjões! * * *
flordocardo a 16 de Junho de 2010 às 23:54

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