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Abr 09

 

Almas de outro mundo (re)descobriram agora que a memorização das coisas (tabuada, por exemplo) ajuda ao desenvolvimento do cérebro e à aprendizagem; que a memorização «é uma condição essencial para um estudo eficaz e para a obtenção de resultados positivos» (ver site da Universidade de Évora - Núcleo de Apoio ao Estudante).

É óbvio que a memorização não é tudo. Mas esta lembradura, cada vez mais insistentemente feita por professores e psicólogos do ensino, não deixa de nos dar que pensar…

Em boa verdade, como já em tempos referiu a jornalista Helena Matos, no jornal «Público», «a memorização tornou-se uma expressão maldita». Ou seja: ninguém precisa de memorizar nada, pois memorizar não constitui uma forma de aprender; o Divino Espírito Santo (salvo seja!) que há em cada um de nós, trata de tudo e de forma «apelativa» (termo muito em voga - como se não existisse coisa mais apelativa do que a inteligência, a capacidade de ter opinião e de a expressar de modo fluente, aberto e convincente)…

 

Eis uma das razões pela qual fico sempre «de pé atrás» sempre que se decide prolongar o período da escolaridade obrigatória (como, aliás, acaba de implementar o Governo de José Sócrates)…

Além do mais é urgente dar resposta a esta pergunta: estudar para (vir a fazer o) quê? Para trabalhar num call center? Para ingressar nas Forças Armadas? Para ir ao biscate, ou a tempo inteiro, para uma empresa de segurança? Para ir ensinar em qualquer lado o desastroso (em múltiplos sentidos) «acordo ortográfico», dito «da língua portuguesa»?...

 

O ensino, a educação, a cultura e a ciência são ferramentas fundamentais para o progresso. Mas que país temos e que país queremos? Que estratégia seguir? Não seria melhor discutir isto antes?!

 

Tenho para mim que os portugueses com poder sofrem de uma terrível doença: fazer leis, diplomas, portarias e regulamentos, sem nunca lhes discutirem os alicerces. Os resultados estão à vista…

 

publicado por flordocardo às 19:27

 

 

GRAN TORINO

 

Título original: Gran Torino
De:
Clint Eastwood
Com:
Clint Eastwood, Geraldine Hughes, John Carroll Lynch
Género: Drama, Thriller
Classificacao: M/12
 
EUA, 2008, Cores, 116 minutos
 

 

 

As pessoas a quem o reformado Walt (veterano da guerra da Coreia) chamava vizinhos faleceram ou mudaram-se, sendo foram substituídas por imigrantes do sudeste asiático, que ele despreza. Uma noite, alguém tenta roubar o seu Ford Gran Torino, de 1972: o seu vizinho adolescente Thao, pressionado por um gang. No entanto, Walt defende o rapaz face ao gang, o que o torna o herói do bairro. A mãe de Thao e a irmã mais velha deste, Sue, insistem que Thao trabalhe para Walt como forma de se redimir. Inicialmente, Walt nada quer ter a ver com essas pessoas, mas algum tempo depois coloca Thao a trabalhar, facto que vai mudar as suas vidas. Walt vai compreender algumas verdades sobre os seus vizinhos e sobre si mesmo. Essas pessoas têm mais em comum consigo, do que ele tem com a sua própria família...

Ainda não foram ver? Não será o melhor filme de Eastwood, mas é um belíssimo filme.

publicado por flordocardo às 17:20
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Ao som de «When i was cruel» - CD de 2002 de Elvis Costello -, nesta última madrugada estas mãos e olhos desceram até à “arca” dos poemas inconclusos (ou talvez não), suspendidos (por certo), talvez por desbastar (vários deles), quiçá por imolar (outros tantos).

 
Da citada “arca” retirei (e consertei) este...
 
 
 
SÚBITO
 
 
 
Um cardo que sangra
Uma estrela rouca
Uma boca baça
Um animal que ri
 
(E vamos indo)
 
 
Como vai o tempo e a vida aí por esse lado?

 

publicado por flordocardo às 10:59

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