Estive há pouco nos correios, na estação dos Restauradores.
Ali, como na Feira da Ladra, vende-se de tudo. Para além dos selos, porta-chaves, telemóveis, set's de escritório (um pack composto por um garfo, uma faca e uma colher para comer no posto de trabalho), livros, etc.
Falemos de livros. Eis os títulos de alguns (de "gabarito"...): «Conselhos do Coração», «Receitas naturais para mulheres», «O nosso casamento», «Viaje em busca dos seus sonhos», «A vida com a minha irmã Madonna», «Ser feliz porque sim», «A arte de bem vender»...
Tive quase meia-hora para ser atendido, e ainda me quiseram vender um livro... Como se bem tornando hábito, disse: «Ainda vos hei-de ver a vender tremoços e imperiais...»
Saí dali ligeiramente agoniado. É certo que o meu almoço se consubstanciou numa sandes de queijo e meia-gaiola de tinto. Por isso, talvez (também), jurei vingança. Apeteceu-me jantar uma posta de bacalhau cozido com batatas.
Conclusão: apesar dos correios que hoje temos (ou por isso mesmo), não perco a minha identidade nem por mais uma!
Quanto ao bacalhau... Já cá canta!