Escasso tempo depois das eleições europeias realizadas em Portugal ficámos a saber duas coisas:
1 - Que Bruxelas vai abrir um procedimento de défice excessivo contra Portugal e mais sete países da zona euro - declaração feita pelo comissário Joaquín Almunia;
2 - Que o desemprego na UE bateu novo recorde no primeiro trimestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado.
Não são boas notícias?...
Relativamente ao défice (e ao "combate" ao mesmo, do qual não se falou praticamente nada nestas eleições europeias) chamarei a atenção para o facto de o dito comissário ter revelado que somente em Novembro próximo serão adoptadas «propostas de correcção»... Quer isto dizer que Bruxelas vai aguardar pelas nossas (e outras) eleições legislativas, bem como pelo novo referendo que, tudo indica, irá ter lugar na Irlanda sobre o «Tratado de Lisboa» (provavelmente em Outubro), para então ver que medidas e/ou sanções tomar. É significativo...
Quanto ao desemprego... Revela-se novamente que a arma de «combate à crise», para o capital, passa precisamente por continuar a despedir!
E, assim, de acordo com o Eurostat, temos neste primeiro trimestre do ano mais 1 milhão e 220 mil desempregados entre os países da zona euro, e na UE a 27 mais 1 milhão e 916 mil desempregados. Este é o terceiro trimestre consecutivo de aumento do desemprego, tanto na zona euro como na UE a 27!
Eis a UE do "progresso", da "paz", da "coesão" e da "prosperidade"...