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Dez 09

 

 

Contando com a cumplicidade do governo, a questão do salário mínimo nacional está a ser transformada numa opereta de baixo nível pelo patronato português.
 
Há dias, o novo executivo do engº. Sócrates resolveu anunciar que mantinha o compromisso anteriormente assumido (e, aliás, acordado entre as respectivas partes) de aumentar o salário mínimo para 475 euros, já a partir de Janeiro de 2010. Fez tal anúncio em face de declarações patronais de que, perante a actual crise, o nível de aumento acordado para o salário mínimo não podia ir em frente…
 
O que o governo não disse foi que, meio à sorrelfa, tinha já dado contrapartidas às empresas e respectivos patrões, tais como: cobrar-lhes menos 1 por cento de taxa social única em 2010; e, nos casos das dívidas das empresas à Segurança Social, proporcionar-lhes a possibilidade de resolverem o assunto em 120 prestações suaves…
 
Resultado prático: parte do aumento de 25 euros/mês no salário mínimo vai acabar por ser directamente suportada pela Segurança Social. O que significa que o governo resolveu ceder ao patronato facilidades não previstas no acordo celebrado em 2006 sobre esta matéria. Neste campo, portanto, parece que não interessa muito ao governo a «dívida pública» nem a famigerada «crise da Segurança Social»…
 
Hoje, todavia, o patronato voltou a terreiro, dizendo que, afinal, não é possível subir o salário mínimo para além dos 460 euros (pelo que este, nesta eventualidade, só aumentaria 10 euros a partir de Janeiro do próximo ano).
 
Ora, face a isto, a Ministra do Trabalho recusou-se a prestar declarações. Só as faria depois da reunião de Concertação Social, marcada para a próxima quinta-feira…
 
Creio não ser difícil perceber que o patronato está a reclamar novas contrapartidas. Creio não ser difícil adivinhar o resultado que vai dar esta «concertação estratégica» entre patrões e governo…Isto, claro está, caso os trabalhadores não se levantem em luta contra esta opereta – autêntica salabórdia sem nome!!!

 

publicado por flordocardo às 23:29

 

A editora Guimarães começou a publicar as obras completas de Jorge de Sena (1919-1978) reeditando «Sinais de Fogo», considerado por muitos um dos mais importantes romances portugueses do século XX.
 
Relativamente à primeira (Abril de 1979 - Edições 70), a actual edição perde dois textos então vindos a lume: a introdução escrita por Arnaldo Saraiva - História de um Romance (Im)Perfeito -, e o prólogo em que o próprio Jorge de Sena explica o modo como contou a história. Tal opção editorial é absolutamente incompreensível (sendo que, ainda por cima, nenhuma nota no livro dá conta de tal omissão).
 
Lamentável.
 
Mas o romance, esse é de ler, evidentemente.
 

 

publicado por flordocardo às 21:15
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Amanhã decorre a Campanha DOAR VIDA. No ISLA, até às 18 horas.

 

A Campanha visa angariar possíveis dadores de medula óssea. Está a ser realizada no âmbito da cadeira de Comunicação Empresarial I, por um grupo de trabalho composto pelas estudantes Cláudia Oliveira, Raquel Pinheiro, Sandra Gaspar e Silvia Sousa.


É direccionada aos alunos do ISLA, mas nada impede que outras pessoas não possam aparecer e dar o seu contributo. Basta gozar de boa saúde, ter entre 18 e 45 anos e mais de 50 quilos de peso; e prestar-se a uma simples análise ao sangue.

 

 

 

publicado por flordocardo às 17:23

 

Cá volto, como prometido.

 

Na sua domingueira rubrica da RTP1, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se ontem ao TGV, afirmando que o anúncio do lançamento do troço Poçeirão/Caia feito pelo engº. Sócrates irá «servir para transportar passageiros entre Lisboa e Madrid» (e sobretudo entre Madrid e Lisboa, excluindo-se o transporte de mercadorias); e que quem diz que isto é a «ligação de Portugal à Europa» se engana, pois «Espanha adiou», sine die, a ligação do TGV de Madrid para o famigerado centro da Europa.

 

 

 

Acontece que a "descoberta" de Marcelo, para além de tardia, enquanto denúncia também não lhe pertence. De facto, Garcia Pereira fala disso há semanas (ou serão meses?) - e com perspicácia e contundência.

 

Neste momento, creio em absoluto que nada de fundo se faz em Portugal sem o consentimento de Castela.

 

Quanto à posição de Garcia Pereira sobre o assunto, consulte   http://associacaocomercialdoporto.blogspot.com/2009/11/antonio-garcia-pereira-e-o-tgv.html

Não é por nada... É só para, digamos assim, «falar verdade»...

 

Mas ainda bem que Marcelo corrobora Garcia Pereira na denúncia desta vergonha sem nome que se está a construir.

 

P.S. - O PCP acha que o troço agora anunciado já devia ter sido feito...; o BE acha que é importante para o país esta ligação à Europa...

 

publicado por flordocardo às 01:14

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