30
Jan 10

 

 

Que música escutas tão atentamente

 
Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?
Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.
 
 
Eugénio de Andrade (1923-2005)
 
Eugénio de Andrade
                               Eugénio de Andrade, por Carlos Botelho
 
publicado por flordocardo às 23:18

publicado por flordocardo às 23:05
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publicado por flordocardo às 14:55
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publicado por flordocardo às 00:44
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Longa conversa com o Rudy, após jantar num local que hoje inaugurou com nova gerência.

Foi óptimo para os dois (por mim falo, é claro; mas acho que também foi bom para ele). Desafogámos coisas.

 

Quanto ao local?... Talvez um dia destes.

 

Continuem por aí, pois a seguir temos música!

 

(PS - O meu esquentador está óptimo. Quanto ao meu diafragrama... vai-se, embora  tremendo, aguentando.)

publicado por flordocardo às 00:34

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