28
Fev 10

 

 

 

O Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), acaba de tornar públicos alguns dados sobre a emigração. Assim, cerca de 20 mil portugueses desempregados emigraram no ano passado - um aumento de 31 por cento relativamente a 2008. Estes números, todavia, estarão aquém da realidade…
Com efeito, em declarações ao semanário «Expresso», Jorge Malheiros, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, afirma não ser possível saber quantos portugueses emigraram «porque não existe um mecanismo de contabilização das saídas»… Por outro lado, os números dos IEFP só contabilizam quem estava inscrito nos centros de emprego e comunicou ir partir (muitos outros não o terão feito, como é evidente)…
A emigração para a Suíça aumentou 56 por cento nos últimos oito anos; o número de portugueses que emigrou para Espanha duplicou entre 2005 e 2009; e no primeiro semestre do ano passado 7600 portugueses inscreveram-se no sistema de Segurança Social do Reino Unido.
Rui Pena Pires, do Observatório da Emigração, revela também ao semanário «Expresso» que «a emigração tem vindo a crescer muito nos últimos anos e está agora próxima dos níveis registados nos anos 60».
Mas é ainda significativo que 40 por cento daqueles que nos centros de emprego manifestaram a intenção de ir trabalhar para o estrangeiro disponham de um curso superior. O que significa que cada vez “exportamos” mais mão-de-obra qualificada, contrariamente ao que sucedeu nos referidos anos sessenta…
Estes dados revelam bem o estado actual do chamado «mercado de trabalho» e a urgência em criar uma economia que esteja nos antípodas daquela que temos. Na situação actual, parece não haver futuro.
E para os partidos do poder parece que isto, o não se vislumbrar futuro, tem menos importância do que a defesa da «liberdade de expressão» - esse tema agora tão em voga pela boca de gente tão “democrática” como os Monizes, os Saraivas e os Sócrates deste país.
Emigrar ou lutar, eis a questão…
Mas eu acho que o futuro está na luta. É que eu quero um Portugal de onde não precisemos de emigrar para termos futuro!
publicado por flordocardo às 23:19

 

 

(Imagem obtida na net, de autor anónimo, mas indubitavelmente inspirado até ao tutano; limitei-me a legendá-la...)

publicado por flordocardo às 00:23

27
Fev 10
publicado por flordocardo às 18:17

(não é de facto um fado normal, mas é excelente!)

publicado por flordocardo às 02:15

 

 

 

Anda por aí a ser cozinhado na escuridão um “prato” chamado «PEC» (Programa de Estabilidade e Crescimento). O “prato” em questão (lembram-se?) já nos foi servido várias vezes, com ligeiras nuances - e com os resultados que se conhecem…
Este “conduto” tem que ser apresentado à Comissão Europeia dentro de algumas semanas, garantindo à UE que, por aqui, estamos dispostos a tudo para colocar o país, haja o que houver, dentro do espartilho pré-definido pelas altas esferas da dita cuja.
Portanto, sucede que o «PEC» resulta bem mais importante para o nosso futuro do que o próprio OE/2010, até pelo facto de constituir um compromisso que se estenderá até 2013. Apesar de tal realidade, o «PEC» está a ser debatido e congeminado no mais completo segredo dos deuses!
Os jornais? Silêncio ou curtas notas de rodapé. As televisões e as rádios? Deixem-me rir…
Conclusão: não pode vir aí nada de bom do actual restaurante, ou seja, do governo responsável por apresentar o «PEC» a Bruxelas!
Todavia, o que mais confrange neste particular é o silêncio ensurdecedor da “oposição”, em particular aquela que se reclama de “esquerda”…
Colocar em ordem as contas públicas, conter ou mesmo diminuir salários, conter as prestações sociais, aumentar impostos (directos ou indirectos), proceder a novas privatizações de sectores estratégicos para o país eis medidas que estão invariavelmente a ser cozinhadas sem qualquer ténue arremedo de debate nacional (e com a total complacência do Presidente da República). O que significa que o «PEC» nos vai ser imposto à traição!
Então? Então (enquanto muitos senhores nos querem entreter com problemas como os da «liberdade de expressão») que a nossa voz de denúncia sobre este “prato” indigesto se faça ouvir por todos os meios!
Eis o apelo que vos deixo aqui.
Até porque reparem: o «PEC» não é de «estabilidade» nem de «crescimento»; o «PEC» só pode ser de instabilidade e de retrocesso - ainda mais demolidores do que aqueles que já temos por todo o lado, todos os dias e a qualquer hora!
Meus caros amigos: aos canalhas é preciso chamar CANALHAS!!!

 

publicado por flordocardo às 01:22

publicado por flordocardo às 00:40
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26
Fev 10
publicado por flordocardo às 16:14

 

 

 

(VRAERDNTMD)

 
Volto à casa que para mim já foi tanto. Regresso a lugar nenhum. Aqui ninguém me chama, ninguém me escuta, ninguém me tem, ninguém me morde. E fora daqui tenho o dia repleto de horas; e só aqui, ao dormir, elas me faltam.
Regresso, sento-me aqui e é como se esperasse pelo regresso das aves. Desde que o tempo levante, quem será que pode voltar com o regresso delas? Neste lugar nenhum, ninguém sabe a resposta; nem mesmo a bela música que agora escuto.
Talvez seja por isso que, ansioso, olho o relógio de novo. Meia-noite e trinta e sete minutos. Descubro neste instante que as casas (como a minha) são magnólias ou cardos por abrir só com um pouco de sangue e de ternura.

 

publicado por flordocardo às 00:37

publicado por flordocardo às 00:04
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25
Fev 10

 

Foto tirada por mim, na Parede, no (desmoronado) dia 1 de Janeiro de 2010...

 

 

 

À ESPERA QUE O SOL VOLTE DEPRESSA!!!

 

publicado por flordocardo às 20:21

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