08
Fev 10

 

 

 

Miguel Frasquilho e Pedro Passos Coelho, do PSD, Manuel Serrano e Francisco Assis, do PS, Paulo Portas, do CDS-PP: todos eles defenderam já (ou mostraram-se disponíveis a isso) uma redução dos chamados «salários dos políticos», com base na ideia de quem está melhor, ou no topo, deve «dar o exemplo». Passos Coelho chegou mesmo a falar de um corte de 10 por cento.

 
Ora, há uma pergunta que depois disto não me sai da cabeça…
 
Se estes senhores estão dispostos a tanto, então quanto estarão dispostos a cortar nos salários dos restantes portugueses que vivem exclusivamente do seu trabalho?...
 
Boa pergunta, não é?

 

 

publicado por flordocardo às 20:46

publicado por flordocardo às 16:11

 

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E se me dissesses o que realmente vai dentro de ti?
E se, serenamente, tal fizesses defronte de mim como quem fala consigo próprio? Com a mesma precisão serena, tensa e húmida, de quem fala consigo frente ao espelho, ou na cama, no escuro da noite?
E se, depois disso, disséssemos um ao outro que os sonhos nunca morrem? Ou então que só morrem verdadeiramente quando sentimos já nada de nós ter a dar aos outros?
Eu penso que isso seria útil, seria bom, seria digno de nós.
Até porque eu tenho-te sempre presente e nunca esqueço o lugar onde tu possas estar a cada instante. E sei que há um lugar, inapagável, onde estás dentro de mim.

 

publicado por flordocardo às 15:03

publicado por flordocardo às 12:45
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Regressei a casa para aí há uns cinquenta minutos.
Jantei em casa da minha irmã, do meu cunhado e do meu sobrinho. Comemos, bebemos, conversámos, descarregámos umas fotos do meu telemóvel para o pc portátil onde neste momento escrevo, percorremos a net por alguns minutos. Foi bom.
Depois dei um salto casa da minha mãe, a ver se estava tudo em ordem. Passeei o cão. Voltei lá, deixei o cão comido (salvo seja!), peguei nas minhas coisas e vim para o comboio que me trouxe até aqui.
Neste trajecto – e mesmo agora – dei por mim a sentir uma estranha serenidade (que a qualquer instante pode – sei-o pela minha própria experiência dos últimos meses – descambar no seu irredutível e inenarrável contrário).
A única explicação plausível que neste instante encontro para tal serenidade residirá no facto de ter escrito o poema que há umas horas atrás vos dei a ler. Gosto muito desse poema que escrevi (ainda que sempre me subsistam dúvidas, quando estas coisas são feitas na hora, sobre possíveis alterações ou pequenos detalhes. Também o post de um outro blogue que li e reli ontem terá dado o seu contributo para tanto, não sei bem (nem vos direi qual seja).
O que sei é que algo me impele a dar-vos conta disto. A dar-vos conta que eu posso estar perdido, mas que o mundo não está perdido. E talvez esta espécie de relativo conforto igualmente ajude a explicar a serenidade que por mim perpassa agora.
Porém, tirando ter que ir dormir daqui a pouco, excluindo ter que ir trabalhar daqui a umas horas, tirando ter à tarde que ir com a minha mãe ao oftalmologista, pondo de parte tudo isto, eu não sei o que vai ser da minha vida doravante. Nada disso – que tanto será ainda – eu sei.
Se assim é, então digam-me lá que não é estranha a minha serenidade momentânea?!...
Saberei uma única coisa: que não sei deixar, nem consigo, nem posso que os dias passem como passado têm; pois sei que uma fala a ter há-de ser tida, não me há-de ser negada. Talvez, para já, isto me baste e me serene.   

 

 

publicado por flordocardo às 01:56

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