No presente Orçamento de Estado, ontem aprovado na generalidade no Parlamento (como há muito era previsível), a dotação financeira do Ministério da Cultura passa dos 0,3 por cento do OE/2009 para 0,4 por cento do OE/2010. Estamos bem longe, como se pode ver, do mítico 1 por cento reclamado em muitos dos programas partidários da classe dominante…
Todavia, estamos certamente mais perto daquilo que de facto vai na cabeça e no peito do Primeiro-ministro. É que hoje sabemos o que valia o desabafo do engº. Sócrates, feito em vésperas de eleições, quando confessou estar arrependido de não ter antes investido mais na Cultura. Na verdade, tamanho “arrependimento” só valia (vale!) 0,1 por cento…
Agora, se a Cultura só vale mais isto, imaginem o que vão valer as outras áreas da governação com o presente OE/2010… É só questão de tentar ver caso a caso - assim o tempo nos permita.