Hoje é Dia Mundial do Beijo.
Quem diria!
Porque nos avisaram tão tarde?...
Ainda assim, vamos nessa?
(ao que dizem os especialistas, parece que estimula vários músculos, queima calorias e tira o stress)
Hoje é Dia Mundial do Beijo.
Quem diria!
Porque nos avisaram tão tarde?...
Ainda assim, vamos nessa?
(ao que dizem os especialistas, parece que estimula vários músculos, queima calorias e tira o stress)
«É um argumento dos aristocratas, esse dos crimes que uma revolução implica. Eles esquecem-se sempre dos que se cometiam em silêncio antes da revolução.»
Stendhal (França, 1783-1842)
Não sei se já repararam que o PEC saiu de cena. Quer dizer: o PEC deixou de fazer parte da «agenda» da impoluta comunicação social que temos; e, com ele, as próprias consequências dele… Ele foi o problema entre a pedofilia e a igreja católica, apostólica, romana; ele foi os submarinos e as “contrapartidas”; ele foi a derrota do Benfica em Liverpool; ele é agora o Congresso do Passos Coelho…
O PEC, como a famigerada gripe A, eclipsou-se… Mas ele está aí! E precisa de ser combatido sem descanso!
Reparem que o PEC surge ao completo arrepio das promessas eleitorais feitas pelo PS na campanha eleitoral de Setembro último, e mesmo ao arrepio do programa de governo apresentado no Parlamento. Como é que podemos conviver com isto? Com semelhante aldrabice? Uma aldrabice total, destinada a pagar o défice… Défice contraído por quem e para quem, não me dizem?...
Diversas lutas estão a ter lugar (mineiros, trabalhadores do Estado, ferroviários, etc.). Ora eu acho que essas lutas têm que convergir rapidamente para uma forma de luta única e essencial: a greve geral. É preciso declarar guerra ao PEC, pois ele é uma declaração de guerra aos trabalhadores portugueses. E estes têm mil vezes mais legitimidade democrática para combater e derrotar o PEC do que aquela que o actual governo tem para o cozinhar, fazer aprovar e aplicar contra o país!
Não acham?
Digam daí qualquer coisa!
Estou a ficar... grego-dependente? Talvez, mas não só…
Com maior calma e atenção, voltei a pegar na edição portuguesa do «Le Monde Diplomatique», de Março último, e eis que leio a páginas tantas:
«Em 2008, os profissionais liberais (médicos, advogados, arquitectos) declararam um rendimento de 10 493 euros, os homens de negócios e os comerciantes de 13 236 em média, enquanto o rendimento dos assalariados e dos aposentados ascendeu a 16 123 euros. Para o fisco, os mais ricos são os operários, os empregados e os reformados.»
Isto, meus caros amigos, não vos faz lembrar nada?
Mais adiante:
«Os rendimentos resultantes do trabalho ilegal ou ‘informal’, contribuem em tempo de crise para amortecer as consequências sociais e até para estabilizar a conjuntura. Mais ainda, atrasar a idade de aposentação faz com que muitos empregos continuem ocupados por mais tempo, o que reduz tanto mais as hipóteses de a jovem geração lhes aceder.»
Isto não vos lembrar nada?
E a seguir:
«(…) desde a adesão em 1981, o país recebeu mais de 100 mil milhões de dólares de fundos comunitários. Para onde foi este dinheiro? Uma grande parte serviu para infra-estruturas, graças às quais o Estado conseguiu, em larga medida, agradar aos contribuintes - a começar pelos mais ricos. Aplicou-lhes uma taxa de imposto que era das mais baixas da União antes do alargamento. Uma outra parte desses fundos, relevante mas difícil de quantificar, foi parar a contas privadas.»
Isto também não vos faz lembrar nada?
A mim parece-me que já vi (e ainda vejo!) este “filme” por cá.