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Abr 10

 

- "Temendo a falência do país mais pobre da Europa Ocidental, os

investidores fugiram em massa dos títulos portugueses", escreve

o Financial Times, dizendo ainda que a dívida coloca a bandeira portuguesa

"a meia haste." 

 

 

 

- Mostrando uma fotografia da estação de comboios do Rossio, no dia da greve, o New York Times escreve que "ambos os Governos [Portugal e Grécia] estão a ser confrontados com protestos de trabalhadores, que têm pela frente um futuro cheio de incertezas".

 

- A CNBC dá destaque à reunião de Sócrates e Passos Coelho. "Os dois reuniram-se de emergência para discutir estratégias num dia em que os mercados accionistas voltaram a registar perdas recorde".

 

- "A Europa espera conseguir conter a crise de crédito grega que já se espalhou a Portugal, levando a um 'sell-off' nos mercados mundiais, que estão a testar a capacidade da União Europeia em proteger a sua moeda", diz o The Wall Street Journal.

 

Tudo isto me faz lembrar (não sei porquê)

como alguns sobem na vida...

 

  Assim:

 

publicado por flordocardo às 18:07

 

 

Em 27 de Abril do ano passado, no meu 2º. post, fiz referência a um fado cantado por Aldina Duarte, inserto no álbum «Crua» (2006), precisamente intitulado «Flor do Cardo». E disse-vos então como ele de certa forma inspirara a criação deste espaço ou, pelo menos, o seu nome.

 

O que nunca vos dei a conhecer foi o fado e a sua letra. O fado pela voz de Aldina ainda não o consegui arranjar pela net. Mas a letra, de autoria de João Monge, essa deixo-a aqui agora (ainda que tenha a certeza que somente cantada pela Aldina ela atinge plena e intensamente o alvo). 

 

Nesta bela noite de lua cheia, ora vejam...

*  *

 

Flor do Cardo

- João Monge/Joaquim Campos -

(Fado Tango)

 

 

Dói-me ser a Flor do Cardo

não ter a mão de ninguém

tenho a estranha natureza

de florir com a tristeza

e com ela me dar bem

 

dói-me o Tejo e dói-me a Lua

dói-me a luz dessa aguarela

tudo o que foi criação

se transforma em solidão

visto da minha janela

 

o tempo não me diz nada

já nada em mim se consome

não sou princípio nem fim

já nada chama por mim

até me dói o meu nome

 

dói-me ser a Flor do Cardo

não ter a mão de ninguém

hei-de ser Cravo Encarnado

que vive em pé separado

e acaba na mão de alguém

 

         (PS - E comprem o CD)

 

publicado por flordocardo às 01:39

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