«A REFER foi criada em 1997, pelo Decreto‑Lei n.º 104/97, de 29 de Abril, como empresa pública responsável pela prestação do serviço público de gestão da infra-estrutura integrante da rede ferroviária nacional.
Em 22 de Julho de 2008, o Decreto-Lei nº 141/2008 altera a denominação da REFER para Rede Ferroviária Nacional - REFER, EPE e introduz alterações aos seus estatutos, procedendo à sua republicação.
A REFER está sujeita à tutela dos ministros responsáveis pela área das finanças e pelo sector dos transportes.»
(extraído do site da REFER – www.refer.pt)
Portanto, a REFER fez ontem 13 anos. Porém, foi hoje que se veio a saber que a empresa continua deficitária e - mais importante do que isso - que tal situação não logrou impedir que os cinco administradores da empresa pública beneficiassem de um aumento de 13 por cento nas suas remunerações salariais em 2009.
Leia-se, sobre o assunto, o que o «Diário Económico» de hoje diz a dado passo:
«No ano passado, os cinco administradores da Refer ganharam 461 mil euros em conjunto, cerca de 13% acima do que tinham auferido em 2008, ou seja, 408 mil euros. Luís Pardal, presidente do conselho de administração da Refer, recebeu mais 10 mil euros que no ano precedente - o ordenado do líder da Refer passou de 91 mil para 101 mil euros.»
O que eu sei, por experiência diária, é que a REFER fechou estações (de que é caso a da Cruz Quebrada, na linha de Cascais), reduziu drasticamente o horário de atendimento ao público das restantes, colocou em muitas delas anedóticas máquinas (importadas) de venda de bilhetes que estão a milhas de cumprir integralmente a missão das antigas bilheteiras, importou carradas de seguranças privados para as estações e para os comboios em circulação e (fora o resto) gastou resmas de dinheiro na instalação de câmaras de videovigilância!
Ora, é graças a esta “boa” e “eficaz” gestão que se justificam plenamente os aumentos de ordenado acima anunciados. Não concordam?