Há algo de estranho no ar (ou eu estou estranho).
Será da visita do Papa - e dos cortes de trânsito e da remoção dos vidrões e coisas que tais?
Será da procissão dos economistas a Belém, na véspera do Papa dar a missa no Terreiro do Paço?
Será do AVC que a Manuela sofreu?
Será da angústia de mais um dente meu que vai à viola amanhã?
Será dos comprimidos que ando a tomar por causa dele?
Será das noites frias e algo ventosas?
Será de uma certa saudade que não voa?
Será de um silêncio que crepita?
Será de um outro silêncio quase ensurdecedor de certas pessoas que me são próximas e que deviam estar a fazer - e não estão - um banzé de arrepiar os céus?
Será daquela palhaçada do «I got a f...» que já não posso ouvir?
Será dos problemas de hemorroidal do euro?
Será do preço do petróleo?
Será do vulcão islandês - prestes, em breve e à nossa custa, a ser uma mina de ouro para as companhias aéreas?
Será do congresso dos astrólogos que vai ter lugar no Estoril?
Será de quê?...
Não sei. E estou ciente que, se soubesse, não teria feito este post.
O que sei é que não consigo fazer as coisas mais urgentes e comezinhas que precisam de ser feitas ou que já deviam mesmo estar feitas (a barba, a limpeza da sala e da cozinha, e outras assim)...
Pois é, isto já esteve melhor. Isto está estranho. Estranhíssimo!