- Na edição de hoje do jornal «Correio da Manhã» -
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Por: Loureiro dos Santos, Ex-CEME(R)
«A visão do General
Império ou implosão
A Alemanha autorizou a criação de um fundo europeu para fazer face a eventuais falências de países do euro, mas exigiu que os mais endividados fizessem cortes mais profundos e mais rápidos nos deficits orçamentais, retirando-lhes a soberania económico-financeira.
Depois, além de propor aos membros da UE a inscrição de tectos máximos para o deficit nas respectivas constituições (0,35% até 2016 e zero a partir de 2020), como ela já faz, pretende que os orçamentos nacionais sejam caucionados pela Comissão.
Agora, além de tomar decisões financeiras que a todos afectam, exige que a utilização de verbas do fundo europeu seja aprovada pelo seu Parlamento. A França opõe-se. A Holanda e a Suécia seguem-lhe as pisadas, abrindo fracturas inconvenientes. Avançamos para o império alemão ou para a implosão da UE?»
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Interessante nota. O nosso general, como muitos outros, parece ter acordado tarde. Mas já não é mau ter acordado para aquilo que alguns, onde me incluo, chamaram a atenção há mais de 20 anos… A génese da UE é, sempre foi, a da reconstituição do império, meus caros. Mas digam lá de vossa justiça. Comentem, está bem?