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Jun 10

 

 

(ou as receitas do costume...)

 

«O Governo está aberto a discutir orientações para fazer face às dificuldades e debater as propostas que permitam tornar ainda mais competitivas as empresas portuguesas e a economia». Quem o disse hoje foi Luís Amado, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, no final de uma reunião com representantes patronais da indústria, agricultura, comércio e turismo, destinada a preparar a reunião do Conselho Europeu que se realiza amanhã.

 

Em nome destes últimos, um tal Carlos Pinto Coelho (presidente da Confederação do Turismo de Portugal), disse que «é preciso rever as bases da competitividade, nomeadamente os custos da mão-de-obra»... E pelo caminho não se esqueceu de referir que é preciso facilitar os despedimentos para criar mais empregos - o que é notável!...

 

Ora digo eu: Sr. Coelho, descontraia-se, pois o governo «está aberto»; mas contraia-se depois, de novo, pois os trabalhadores deste país não devem estar lá muito pelos seus ajustes... É cá uma convicção muito minha, entende?... 

publicado por flordocardo às 18:10

 

 

*   *   * 

 

O ÚLTIMO POEMA

 

 

Assim eu quereria o meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

                                                             Manuel Bandeira (Brasil, 1886-1968)

(de «Estrela da Vida Inteira - Poesias Reunidas» - José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1978)

 

publicado por flordocardo às 13:03
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