03
Jul 10

 

 

Acabo de ver agora que a ministra da Saúde é uma defensora da sopa caseira.

Com efeito, em visita ontem realizada ao Hospital da Prelada, no Porto, a ministra Ana Jorge falou da crise, da obesidade… e da sopa. Defendeu uma mudança de hábitos de alimentação; o aproveitar da crise para, contendo despesas, passarmos a comer ainda mais e melhor…

«Apelo às crianças e famílias que aproveitem a necessidade de contenção para fazerem sopa em casa, por forma a não gastarem em fast-food que, para além de fazer mal, é mais caro»…

Já alguma vez tivemos uma ministra assim tão inteligente?... A falar assim de uma maneira desassombrada e que toda a gente percebe?...

Não, meus amigos e amigas. Redondamente não! Não há memória alguma!

Esta ministra é um verdadeiro achado! Esta ministra é o paradigma do que qualquer ministra ou ministro devia ser!

 

Façam sopa em casa! Sopa de pedra, com pedras mesmo (se mais não houver)!

 

Viva a ministra!

Viva a Ana!

Viva a sopa!

Pim!!!

 

(PS - se por acaso encontrarem Ana Jorge num Mac, acreditem que não é ela, tá bem?)

 

publicado por flordocardo às 18:51

publicado por flordocardo às 00:48
tags:

 

Acho este poema absolutamente notável.

 

*  * 

 

INVARIANTES

 

Os cavalos não morrem

partem à tarde

para se dessedentarem no rio do relincho

 

Entre os dois azuis, há apenas

a gaivota

 

Só tenho a minha pele

para dormir

só a juta da palavra para cobrir as partes íntimas

 

Apenas as formigas

me sobem aos lábios, me puxam pela língua

 

Sou magro, o frio é a minha camisa

 

                   ZAKARIA MOHAMMED (n. 1951 na cidade de Nablus, na Cisjordânia)

 

(do livro «Pequena Antologia da Poesia Palestiniana Contemporânea», selecção e tradução de Albano Martins - Edições ASA, Fevereiro/2004)

 

 

publicado por flordocardo às 00:30
tags:

Julho 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9

17

18

25


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO