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Jul 10

 

*  *  *

 

SONETO

 

Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.

Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.

Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.

A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.

 

                             CARLOS DE OLIVEIRA (1921-1981)

 

(do livro «Líricas Portuguesas - II Volume» (3ª. série) - antologia da poesia portuguesa organizada por Jorge de Sena - Edições 70, 1983)

publicado por flordocardo às 18:25
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E eu vos digo: isto hoje de manhã foi de mais!...

Provavelmente o calor da noite... E duas semanas seguidas a "partir pedra"...

E mais as chatices de hoje...

E o Barroso zangado com o Sócrates e vice-versa (único e sincero motivo de riso, convenhamos)...

 

Estou derreado. Preciso de um sono reparador.

Mas quando? Quando?...

publicado por flordocardo às 18:19

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