04
Ago 10

 

 

seruca_emidio_2009
 

 Sebastião Francisco Seruca Emídio

 

 

É o presidente (PSD) da Câmara Municipal de Loulé e está muito preocupado com o que se passa nos hospitais algarvios.

Como é possível aceitar que um turista alojado num hotel de 500 euros por noite vá para o corredor de um hospital ou de uma enfermaria?».

Mas o que eu acho de facto inaceitável é que turistas que pagam "500 euros por noite" não possam pagar para serem assistidos em alguma das seis unidades hospitalares privadas da região e vão desembarcar em hospitais públicos - ditos "tendencialmente gratuitos"...

Este autarca é de certeza um autarca do 'Allgarve' do ex-ministro Pinho. Ele marimba-se para os algarvios em geral que num mês não ganham o que os tais turistas gastam numa noite de hotel!...

publicado por flordocardo às 15:44

publicado por flordocardo às 15:23
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*  *

 

O segredo submerso em teus olhos é uma sementeira de palavras:

perfuma a terra depois da chuva. Húmido, afundado, arranha a

mão como um gato.

 

                                                                ANA MARQUES GASTÃO (n. 1962)

(do livro «Lápis mínimo» - Edições Asa II, S.A., Março/2008)

publicado por flordocardo às 03:12
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publicado por flordocardo às 02:44

03
Ago 10

publicado por flordocardo às 12:35
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Fortuitamente, adquiri ontem uma nova revista, de periocidade semestral: «ÍTACA».

 

Assume-se, neste seu primeiro número (Fevereiro/2010), como «cadernos de ideias, textos & imagens». É editada pela Coisas de Ler e dispõe do sítio http://itacarevista.wordpress.com

 

Achei-a interessante e está a ser a leitura que me acompanha nestes primeiros dias de férias.

publicado por flordocardo às 12:08
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Registo aqui dois passos da entrevista que Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República, hoje concede ao«Diário de Notícias».

 

- O PGR acusa o sindicato dos Magistrados do Ministério Público de ser «um mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político».

 

(eu SUBSCREVO!)


- E prossegue, dizendo: «...é absolutamente necessário que o poder político decida se pretende um Ministério Público autónomo ou se prefere o actual simulacro de hierarquia em que o PGR tem os poderes da Rainha de Inglaterra».

 

(eu ANOTO...)

publicado por flordocardo às 11:53

02
Ago 10

publicado por flordocardo às 00:03

01
Ago 10

*   * 

 

The gift of tears

 

Por acréscimo sinto a calmaria

Virá surgir ao fundo do tumulto

Loucura alta atravessou a estria

 

Secreta e nua a graça do teu vulto.

Explosão criando uma ferida aberta;

Êxtase absurdo; prematuro luto

 

Absurdo, talvez; tudo agora alerta

No ser inteiro um puro encantamento

Embora o pranto o coração aperte

 

Contradizendo o que a visão sustenta.

O olhar vagueia no horizonte largo

Mas não te encontra, e a saudade inventa.

 

Também me inventas, num engano amargo,

Não propriamente amargo mas ainda

Não me aceitares sem qualquer embargo

 

Do que ameaçar possa a visão bendita

Me mortifica cada vez mais fundo.

Visão sem nome, fantástica dita

 

Quando o acaso, mistério profundo,

Nos uniu sem unir, ponto supremo.

Dir-se-ia - oh céus - até ao fim do mundo.

 

Amamo-nos no âmago do ermo,

Lá onde o verbo não impera mais.

Onde em pavor, de feliz, todo eu tremo.

 

Existimos, intactos nos umbrais

De cada encontro mágico, sem par.

Vivemos no presente e nunca mais,

 

Instantes após instante. Onde encontrar

O teu imo secreto em cada inverno,

Estação onde vieste acorrentar-me?

 

Fogo arredio intensamente terno,

Tantas contradições em ti se anulam.

És o equilíbrio do meu desgoverno.

 

Recordações intensas se acumulam

Desde esse olhar ardente que trocámos

Há pouco e há tanto tempo; se avolumam

 

As alegrias; nunca imaginámos

Tanto esplendor adentro desse espaço

Que embora dividido transformámos.

 

O que me assombra? Hermético laço

Que ora através de ti eu descortino:

Fogo predestinado passo a passo.

 

Loucura alta, parte do divino

Que me quebranta, mas a ti diz nada.

Cidade frágil, vento muito fino

 

Tentando ecoar a frase abandonada.

Feliz? Não sei. Não creio. Não entendo

Essa palavra há muito recordada.

 

Serei eu escravo de um sonho demente?

Em que termos existo em tua vida?

Como te chamas verdadeiramente?

 

O teu pranto, amor meu, donde é que vinha?

O dom das lágrimas, alto mistério

Apercebido em plena maravilha.

 

                                               (Londres, 27-28 de Janeiro 97)

 

                                                ALBERTO DE LACERDA (1928-2007)

 

(do livro «O pajem formidável dos indícios» - Assírio & Alvim, Junho/2010)

        PS - Um poema, este, que não tem parado de me agitar e de encantar desde há uns dias. Ainda não o digeri nem acho que o vá digerir tão depressa. Mas sei que é um grande poema.

 

publicado por flordocardo às 23:34
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