Parece que até agora a notícia do dia quanto à Cimeira da NATO é... Vamos mandar GNRs para o Afeganistão. Para tarefas de formação...
G'anda país que somos, cheio de força na verga!!!
(Levarão bicicletas?)
Parece que até agora a notícia do dia quanto à Cimeira da NATO é... Vamos mandar GNRs para o Afeganistão. Para tarefas de formação...
G'anda país que somos, cheio de força na verga!!!
(Levarão bicicletas?)
*
A crise que despoletou em 2008 e que não cessa de se agravar parece assentar num problema técnico. Vai daí, inventam-se a toda a hora soluções técnicas para tentar debelar a crise: mais regulação; corta aqui, acrescenta ali (como se está a ver com o OE/2011); injecta confiança aqui, desincentiva isto ali, etc., etc., etc.
A política é, desta forma, relegada para os bastidores, para fora do alcance dos holofotes. Porém, a crise, sendo económica na sua raiz, é também política. Quer dizer: sem uma política correcta não se pode resolver a crise actual nas suas várias dimensões. Se a solução tem que ser política (e não técnica), então resulta óbvio que esta tentativa desesperada de despolitizar a crise que estamos a viver serve unicamente o poder instalado, precisamente aquele que é responsável por ela.
É imperioso denunciar esta teoria da despolitização - venha ela da direita ou da “esquerda” - que nos conduz à impotência. Ela visa em primeiro lugar atar-nos de pés e mãos a esta conclusão: se queres uma economia boa, então cuida de apertar o cinto!
Assim se pretende escamotear um facto elementar: que os défices existentes nas contas públicas e o aumento galopante da dívida soberana de Portugal (e não só) resultam dos milhares de milhões de euros engolidos pelos bancos e instituições financeiras falidas durante a crise financeira que eclodiu em 2008.
Repudiemos esta teoria e façamos política! É isso que cumpre ao movimento operário e popular!
Não me venham cá com as meras tretas da «defesa do Estado Social», pois isso não basta. As conquistas do Estado Social resultaram da luta dos trabalhadores, e não da boa-vontade ou grandeza de espírito dos exploradores; e se aquelas estão agora a ser liquidadas é porque o poder económico e político nunca saíu das mãos do grande capital.
É por isso que a greve geral de 24 de Novembro só deve ter um lema: é preciso derrubar a ordem capitalista existente; e é preciso derrubar o governo que em Portugal a corporiza - o Governo Sócrates!
Quem tiver força para derrubar este governo de trampolineiros também terá força, mais tarde ou mais cedo, para impor um governo dos trabalhadores e para os trabalhadores - ou não será?