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Dez 10

 

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Passou ontem um ano sobre a entrada em vigor do Tratado de Lisboa. E a gente lembra-se logo do "Porreiro, pá!" de Sócrates a Barroso. Recordam-se do seu ar radiante com a aprovação do Tratado de Lisboa? Todavia, não vi ninguém a comemorar o aniversário.

Talvez se dê o caso de os bobos da corte terem, entretanto, ouvido a papisa Merkel afirmar que o dito Tratado tem que sofrer alterações… Será por isso?

 

publicado por flordocardo às 12:32

 

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- A profissão de escritor -

 

            «O escritor tem, naturalmente, de ganhar a vida para existir e escrever, mas não deve existir e escrever para ganhar a vida…

          O escritor nunca encara as suas obras como um meio. São fins em si; são tão pouco um meio para ele e os outros que, em caso de necessidade, sacrifica a sua existência à deles, e, à semelhança do pregador de religião, toma para seu princípio: “Obedece a Deus mais que aos homens”, homens nos quais se acha incluído juntamente com as suas necessidades e desejos humanos. Por outro lado, imagine-se um alfaiate, ao qual encomendo uma sobrecasaca parisiense e me apresenta uma toga romana porque está mais em conformidade com a lei exterior do belo! A primeira liberdade de imprensa consiste em não constituir um negócio. O escritor que a avilta num meio material merece, como castigo da ausência de liberdade interior, uma ausência de liberdade exterior, nomeadamente a censura, ou então a sua existência constitui já a punição.»

 

Karl Marx («Debaten ueber Pressfreiheit»)

 

 

Chema Madoz (Madrid - 1958) - da série "Surrealidad en blanco y negro"
publicado por flordocardo às 12:10
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«Lembremo-nos que a literatura, porque se dirige ao coração, à inteligência, à imaginação e até aos sentidos, toma o homem por todos os lados; toca por isso em todos os interesses, todas as ideias, todos os sentimentos; influi no indivíduo como na sociedade, na família como na praça pública; dispõe os espíritos; determina certas correntes de opinião; combate ou abre caminho a certas tendências; e não é muito dizer que é ela quem prepara o berço aonde se há-de receber esse misterioso filho do tempo - o futuro.»

 

                                                                          Antero de Quental (1842-1891)

publicado por flordocardo às 00:18
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