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Não digas mal dos «mercados». Muito menos dos credores!
Não ouviste o Presidente?!...
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Não digas mal dos «mercados». Muito menos dos credores!
Não ouviste o Presidente?!...
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O tempo vive
O tempo vive, quando os homens, nele,
se esquecem de si mesmos,
ficando, embora, a contemplar o estreme
reduto de estar sendo.
O tempo vive a refrescar a sede
dos animais e do vento,
quando a estrutura estremece
a dura escuridão que, desde dentro,
irrompe. E fica com o uivo agreste
espantando o seu estrondo de silêncio.
Fernando Echevarría (n. 1929)
(do livro «Sobre os Mortos» - 1991)
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ANTÓNIO POCINHO
(Excerto de «Quanto custa criar uma sardinha» - Edições Fenda, 1999)
Resposta ao discurso de Natal do engº. Sócrates, com o qual o mesmo formalizou um novo programa de governo para 2011, chamado «austeridade»...
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Vale a pena visionarem isto.
E tu, CP, obrigado por partilhares comigo este achado, sobre a evolução da riqueza das nações!
http://www.flixxy.com/200-countries-200-years-4-minutes.htm
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HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill (1924-1986)
(do livro «No Reino da Dinamarca» - Guimarães Editores, 1958)
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Então um Bom Natal para todos os passantes por aqui!
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Querido Pai Natal:
Venho interceder junto de ti para que fales com o São Pedro, pois ele não responde aos meus e-mails e às minhas sms.
Este tempo está intragável. Isto não é vida para ninguém… Para que tenhamos um Natal melhor, dá-lhe uma palavrinha, ok?
Ora faz sol, ora chove; se não chove, faz frio; se vem o frio, acresce o nevoeiro; levanta o nevoeiro, vem a chuva. Nevar? Sempre era diferente, mas está quieto, ó preto… Quem é que aguenta isto?!... Um tipo sai de casa sem saber de deve levar para a rua um gorro, um chapéu de chuva ou um limpa pára-brisas...
Isto é pior que cuspir na sopa! Isto é pior que a Júlia Pinheiro a guinchar! Isto é pior que a «Casa dos Segredos»! Isto é pior do que a Vitória já não sobrevoar o relvado do SLB! Isto é pior que o BPN a pedir ao Estado um novo acréscimo de capital! Isto é pior do que o Pinóquio a dizer: «Está tudo bem, eu nunca vos menti e vou salvar-vos do FMI.»
Peço-te por tudo: dá uma palavrinha ao teu amigo São Pedro e vê se ele equilibra este tempo. E, se tiveres tempo, livra-me daquelas coisas do parágrafo anterior para o próximo ano. Podes não colocar mais nada no meu sapatinho, mas faz uma forcinha para me livrares daqueles mostrengos (e mais ainda da Fátima Lopes, do Lacão, da Lili Caneças, do Carreira, do Cavaco…)
Conto contigo!
Abração e Felicidades!
(P.S. – Já sabias que o Tribunal de Menores ordenou a entrega do Menino Jesus ao pai biológico? O mundo está perdido, digo-te eu…)