05
Jan 11

 

*   *   * 

 

 Pega-se num jornal perdido e já atrasado no tempo (de 2 de Janeiro) e a realidade ofusca-nos.

«Viagem ao país que vai perder o comboio - CP vai deixar 356 quilómetros de linhas sem serviço regional».

 

Trata-se de um conjunto de artigos do «Público», o qual nos dá conta do(s) crime(s) anunciado(s).

 

Como a oferta ferroviária é deficitária, a CP decidiu encolher ainda mais tal oferta. E andam por aí outdoors a dizer «vá de comboio»...

 

Vão desaparecer, entre outras, estas linhas: Marvão a Torre das Vargens (65 Kms.), Beja a Funcheira (62 Kms.), Coruche a Setil (32 Kms.), Guarda a Covilhã (46 kms., em obras, mas que quando reabrir já não terá serviço regional)...

 

Em 2009, recorde-se, foram fechados 144 quilómetros de linhas sob a promessa de que seriam reabertas depois de obras de modernização...

 

 

Dá para acreditar?

 

Não há uma alminha no governo ou na Assembleia da República que se levante contra esta barbaridade (iniciada nos tempos do cavaquismo e continuada pelos "socialistas")?!...

 

Sinto uma certa vontade de vomitar... Ou então de começar a partir... lápis..., por exemplo...

 

publicado por flordocardo às 13:04

 

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Malangatana, o moçambicano que pintava pessoas, faleceu hoje. 

 

A pomba branca ferida em Bagdad

 
A pomba branca ferida em Bagdad
publicado por flordocardo às 11:03
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Parece que segundo os últimos dados recentemente disponíveis (reportam-se aos números apurados até Setembro de 2010) a dívida externa líquida do país se cifra em 180 biliões de euros.

A ser assim, cada português está a dever, em média, 18 mil euros ao estrangeiro.

Nenhum dos "grandes cérebros nacionais" da burguesia, travestido ora de "político", ora de "economista" (ou das duas coisas em simultâneo), aparece a explicar como chegámos a isto depois de 25 anos de «integração europeia». Não há responsáveis, já repararam?...

Eu, por agora, continuo a dizer: não pago!

Todavia, por mais que eu grite "não pago!", eu sempre vou pagando alguma coisa, nomeadamente: através do passe de comboio, cujo preço aumentou; do aumento do IVA, que fez aumentar muitos bens de consumo diário; do aumento do preço das taxas moderadoras nos hospitais; do aumento do preço dos combustíveis resultante, dizem, do aumento do preço do petróleo...

Estou a derrear, tal como vós. Pagamos mesmo sem querermos pagar. 

A imediata conclusão disto no meu espírito é esta: o FMI (de braço dado com o BCE) já cá está!

Portanto, não sei porque andam aí com tanta treta da treta a respeito da vinda ou não vinda do FMI até Portugal...

A outra ilacção que cada vez aparece mais nítida à minha frente é esta: creio que a situação de hoje tem cada vez mais semelhanças com a do tempo do «marcelismo», a qual desembocou, como é sabido, no 25 de Abril de 1974. Esta ilacção, confesso (eu sou assim, de confissões inesperadas), conforta-me um bocadinho a alma - uma alma que nunca teve predilecção por cravos (ou não se chamasse este blogue «flor do cardo»).

 

publicado por flordocardo às 01:13

04
Jan 11

 

 *   *

 

Emprego e desemprego do poeta

 

Deixai que em suas mãos cresça o poema
como o som do avião no céu sem nuvens
ou no surdo verão as manhãs de domingo
Não lhe digais que é mão-de-obra a mais
que o tempo não está para a poesia

Publicar versos em jornais que tiram milhares
talvez até alguns milhões de exemplares
haverá coisa que se lhe compare?
Grandes mulheres como semiramis
públia hortênsia de castro ou vitória colonna
todas aquelas que mais íntimo morreram
não fizeram tanto por se imortalizar

Oh que agradável não é ver um poeta em exercício
chegar mesmo a fazer versos a pedido
versos que ao lê-los o mais arguto crítico em vão procuraria
quem evitasse a guerra maiúsculas-minúsculas melhor
Bem mais do que a harmonia entre os irmãos
o poeta em exercício é como azeite precioso derramado
na cabeça e na barba de aarão

Chorai profissionais da caridade
pelo pobre poeta aposentado
que já nem sabe onde ir buscar os versos
Abandonado pela poesia
oh como são compridos para ele os dias
nem mesmo sabe aonde pôr as mãos

                                                                   Ruy Belo (1933-1978)

 

(do livro «Aquele Grande Rio Eufrates» - 1961 - reedição da Editorial Presença, 1996)

 

publicado por flordocardo às 11:48
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03
Jan 11

 

(E de repente deu-me vontade de ouvir estes tipos...)

 

publicado por flordocardo às 17:53
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Creio que Cavaco Silva devia explicar aos portugueses em que circunstâncias comprou 105.378 acções de uma empresa não cotada em bolsa (a Sociedade Lusa de Negócios, proprietária do BPN), as quais vendeu posteriormente com 144 por cento de lucro, operação que lhe rendeu a mais-valia de 147.500 euros

 

Quem no BPN determinou a valorização das acções de 1 para 2,4 euros?

 

E onde comprou? A quem? Quem deu a ordem de compra? E quem comprou depois as ditas?...

 

PS - Acho que, por hoje, esgotei as perguntas que me atormentam o espírito (todas eles aparecidas em mim depois do último discurso do PR e dos comentários, de um modo geral parvos, feitos por aí a respeito do mesmo)…

 

publicado por flordocardo às 16:19

02
Jan 11

 

*

 

Vejam com atenção - e mais do que uma vez.

 

 

publicado por flordocardo às 00:39

01
Jan 11

 

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«A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente.»
                                                                                              Albert Camus

publicado por flordocardo às 17:07
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 Bom Ano para todos vós!

 

 

(Agora vou-me deitar)

 

publicado por flordocardo às 06:53
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