18
Mar 11

 

*   *   *

 

«A vida nunca deu nada aos mortais sem grandes fadigas.»
                                                                                                      Horácio

publicado por flordocardo às 01:03
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*  *  *

 

Na alvorada de 18 de Março de 1871, Paris foi despertada por um grito de trovão: VIVE LA COMMUNE!

 

 

«A Paris operária, com a sua Comuna, será para sempre celebrada como a gloriosa percursora de uma sociedade nova. A recordação dos seus mártires conserva-se piedosamente no grande coração da classe operária. Quanto aos seus exterminadores, a História já os pregou a um pelourinho eterno, e todas as orações dos seus padres não conseguirão resgatá-los.»

 

Karl Marx («A Guerra Civil em França» - 30 de Maio de 1871)

 

publicado por flordocardo às 00:59
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17
Mar 11
publicado por flordocardo às 13:00
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16
Mar 11

 

*

 

«Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar.»

 

Cavaco Silva, ontem, no Forte do Bom Sucesso,

assinalando os 50 anos passados sobre o começo da guerra colonial.

publicado por flordocardo às 00:09

15
Mar 11

 

*    *

 

O LAGO

 

Tão manso é o lago dos teus olhos

que temo avançar a mão

cortar as águas

e semear o espanto

na descoberta

da minha sede antiga.

 

                               Ana Paula Tavares (Angola, 1952)

 

(do livro «Dizes-me coisas amargas como os frutos» - Editorial Caminho/2001)

 

publicado por flordocardo às 14:12
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14
Mar 11

 

*   *

 

Passam hoje 128 anos sobre a morte de Karl Marx.

Ora, depois de ouvir hoje o Primeiro-ministro, ocorreu-me...

 

«A arma da crítica não pode substituir a crítica das armas.»

 

Karl Marx (in «Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel», de 1844)

 

publicado por flordocardo às 23:14
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Simplesmente impressionante!

 

 

publicado por flordocardo às 20:38
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*    *    *

 

GRITAR

 

Aqui a acção simplifica-se
Derrubei a paisagem inexplicável da mentira
Derrubei os gestos sem luz e os dias impotentes
Lancei por terra os propósitos lidos e ouvidos
Ponho-me a gritar
Todos falavam demasiado baixo falavam e escreviam
Demasiado baixo

Fiz retroceder os limites do grito

A acção simplifica-se

Porque eu arrebato à morte essa visão da vida
Que lhe destinava um lugar perante mim

Com um grito

Tantas coisas desapareceram
Que nunca mais voltará a desaparecer
Nada do que merece viver

Estou perfeitamente seguro agora que o Verão
Canta debaixo das portas frias
Sob armaduras opostas
Ardem no meu coração as estações
As estações dos homens os seus astros
Trémulos de tão semelhantes serem

E o meu grito nu sobe um degrau
Da escadaria imensa da alegria

E esse fogo nu que me pesa
Torna a minha força suave e dura

Eis aqui a amadurecer um fruto
Ardendo de frio orvalhado de suor
Eis aqui o lugar generoso
Onde só dormem os que sonham
O tempo está bom gritemos com mais força
Para que os sonhadores durmam melhor
Envoltos em palavras
Que põem o bom tempo nos meus olhos

Estou seguro de que a todo o momento
Filha e avó dos meus amores
Da minha esperança
A felicidade jorra do meu grito

Para a mais alta busca
Um grito de que o meu seja o eco.

                                        Paul Éluard (França, 1895-1952)

 

(do livro «Algumas das Palavras» - tradução de António Ramos Rosa, Editorial Presença)

 

publicado por flordocardo às 00:16
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13
Mar 11
publicado por flordocardo às 19:03
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Mais imagens de ontem que me chegaram...

 

 
(Fotos LP on-line)
publicado por flordocardo às 11:27

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