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Mai 11

 

Isto andava desde ontem a azucrinar-me a cabeça.

Teve que vir aqui desaguar.

Confesso não ser um poema fácil; e que nem em próprio o meço cabalmente ainda. Porém...

 

*   *

 

PARALAXE

 

Silenciosas tremem

minhas mãos ainda.

Ligeiramente.

 

Prescruto-as.

Interrogo-as.

Pelas veias

pelos vincos.

Como se lê-se a sina.

 

Ainda são minhas

sem tocar-te?

Silentes são

minhas ainda.

 

Neste hiato preciso…

preciso que me digas

ainda qualquer coisa.

 

Teu respirar ainda

antes deste erro

ou de ser tarde.

 

(Lisboa, 12-05-2011)

                                                                         Reprodução

“A mão de Deus”, de Rodin
 
publicado por flordocardo às 18:21

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