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«Nada é mais cobarde do que a riqueza.»
Aristófanes
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«Nada é mais cobarde do que a riqueza.»
Aristófanes
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Comprimidos, líquidos, pomadas, ufff!
Acreditem que estou saturado deste internamento hospitalar com o qual não contava. É é verdade: fui aberto uma segunda vez.
Mas só lá para segunda-feira deverei falar com a médica e saber mais coisas, ter perspectivas mais consistentes. Seja como for, hoje sinto-me melhor.
E vocês continuem por aí, ok?
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Consegui um maple num local estratégico, junto a uma janela virada ao sol da tarde. Aproveitei. Sentei-me, arregaçei mangas e pernas do pijama. Sol. Uns 20 minutos.
Foi um suplemento de alma, de que ando bem precisado.
A gente procura sempre pequenas coisas, mas que todavia nos podem animar muito, mesmo que por breves instantes.
Foi mesmo um suplemento de alma.
Entretanto parece que já há ministros, não é?...
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A minha "avaria" parece estar a ir ao lugar. Pelo menos hoje as coisas correrem bem melhor.
Entretanto foram-me também hoje retirados os pontos que faltavam.
Pessoal: hoje foi dia renovar esperanças. :)
E como vai o mundo aí por fora? Conturbadísssimo, tanto quanto sei...
Esta vai para a ónix. A pesar do meu estado, não me esqueço dela.
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Não tenho estado nada bem desde o dia 8. Dia 9 foi à consulta externa da minha cirurgiã e, conclusão: estou com uma inflamação na próstata (parece suceder com alguma freqência após este tipo de operações). Antibiótico para cima e vim para casa argaliado. Estou que nem posso (nunca me senti tão mal, aliás, desde que começou esta odisseia), pois não consigo dormir mais de 2 horas seguidas. Vamos a ver se isto melhora esta noite.
Fiquem bem! Carpe Diem!
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OS TEMPOS QUE AÍ VÊM
Vêm aí tempos ainda mais difíceis
cujo sol não colmatará em pleno
Tempos de cardos e de pedras
tempos sem aparente meridiano
E todavia estaremos aqui
Não teremos como virar a cara
não teremos remédio senão ocupar as mãos
depois de as olharmos profundamente
E entre estilhaços encontraremos o caminho
entre estilhaços o meridiano
a própria voz de cada palavra
o próprio sol de cada voz
Não é assim
velha toupeira?
(Parede, 08-06-2011)
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(K. Marx dizia que a revolução era como uma «velha toupeira», que circula incessantemente por baixo da terra, sem que se perceba a sua trajectória.
Até que, de repente, irrompe bruscamente na superfície.
Com isso queria dizer que, apesar dos períodos de calmaria, a luta de classes – considerada por ele como o “motor da história” – não se detinha
e surpreendia a muitos, reiteradamente, pelos lugares e formas que assumia.)
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Fazer bem a vilão ruim é lançar água em cesto roto.