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Out 11

 

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Carta a Anto

                                                Dia Mundial da Poesia – 2005

 

Anto! Ando ver o meu país de banqueiros,

o meu país de pederastas e de políticos.

Ai o mar que é nosso!...

Um lindo mar, eu sei.

De empresários, desportistas radicais,

de jovens executivos e doutores.

(Não, já não é dos pescadores!)

É um mar de vender em pacotes aos turistas.

Ai o mar que é nosso!...

Um brando mar de agentes imobiliários

crescidos entre cifrões, a noite, pó branco e patos-bravos…

Anto! Anda ver o meu país de banqueiros,

de bancários, de vendedores, vendidos e gerentes.

Anto! Anda ver o meu pobre país dos detergentes.

 

                                                                    Carlos Carranca

 

(do livro «Fátria» - Mar da Palavra - Edições, Ldª., 2008)

                                     

 

publicado por flordocardo às 20:18
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