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Sem outro intuito |
Atirávamos pedras
à água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.
Luís Miguel Nava (1957-1995)
(do livro «Vulcão I - Poesia Completa, 1979-1994»
- prefácio de Fernando Pinto do Amaral, organização e posfácio
de Gastão Cruz - Publicações D. Quixote, 2002)
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Acabo de descobrir
um excelente blogue dedicado à poesia: http://revistamododeusar.blogspot.com/
Vão até lá!