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Segundo a imprensa de hoje, os accionistas de referência já aprovaram a proposta. No dia 20 de Fevereiro, em assembleia geral, a coisa deverá

ser fechada…

EDP, conselho de administração - António Mexia mantém-se à frente de uma equipa na qual mudam apenas duas caras, com a entrada de Marques da Cruz e de Miguel Stilwell de Andrade. O primeiro é agora administrador da EDP Internacional e responsável da EDP Ásia, mas antes de 2005 foi presidente do ICEP e da companhia aérea Air Luxor, onde entrou depois de sair da TAP. Quanto a Miguel Stilwell, está na empresa desde 2000 e agora é administrador da EDP Distribuição. O presidente do conselho de administração da China Three Gorges, Cao Guangjing, deverá assumir a vice-presidência deste órgão, acompanhado por mais três representantes da empresa chinesa.

EDP, conselho geral e de supervisão - O responsável máximo do conselho passa a ser Eduardo Catroga. Este antigo ministro das Finanças - que já era vogal desde 2006 - passará a estar acompanhado por Braga de Macedo (outro ex-ministro das Finanças), Celeste Cardona (que já foi ministra da Justiça), Paulo Teixeira Pinto (ex-presidente executivo do BCP) e o empresário Ilídio Pinho.

Passos Coelho: temos jobs?...

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Toda a gente sabe que há normas absolutamente inconstitucionais no OE/2012, elaborado pelo governo e promulgado por Cavaco. Mas quem confronta o Tribunal Constitucional com as suas responsabilidades nesta matéria? Ninguém.

Onde a troika põe e dispõe, até a própria Constituição deixou de existir.

A possibilidade de solicitar uma fiscalização sucessiva da constitucionalidade do OE/2012 foi nomeada há dias por uma deputada do PS. Tal fiscalização pode, com efeito, ser requerida ao Tribunal Constitucional por um décimo dos deputados à Assembleia da República, nos termos da alínea f) do n.º 2 do artº. 218º. da Constituição. Portanto, basta um requerimento, assinado por 23 deputados, a solicitar ao TC a fiscalização da lei do orçamento de 2012, para que aquele tribunal não possa deixar de se pronunciar sobre o assunto. Mas até agora…

Não há 23 deputados “de esquerda” que se juntem para o efeito?!

Considerando que o PS está esfrangalhado e que a sua ala socratista anda desesperadamente a procurar assinaturas para apresentar o tal pedido de fiscalização sem contar com os demais partidos da “esquerda” parlamentar, a coisa, por este lado, até se compreende (ainda que não bata certo com a abstenção do PS na votação do OE/2012)…

Porém, mais difícil de perceber é o facto de o PCP, o BE e o PEV, tendo juntos 24 deputados, ainda nada terem feito até agora quanto ao assunto…

Serve para alguma coisa a “esquerda” oportunista que temos no Parlamento? Não, não serve para nada!

Podem dizer que o TC nada verá de ilegal no OE/2012, pelo que tudo isto não merece grande discussão. Errado.

É quase certo que o Tribunal Constitucional dará caução aos ladrões e à ladroagem que o OE/2012 contempla. Mas, se assim for, esse Tribunal ficará completamente desmascarado e isolado junto do povo.
Não questionar o TC sobre o OE/2012 constitui, portanto, um imperdoável acto de cobardia e de cumplicidade com a política a que tal tribunal já nos habituou.

O resto são tretas!

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DIZIAS QUE GOSTAVAS (2003)


Dizias que gostavas de poemas.
Escrevi-te, numa tarde, mais de cinco.
São muito bonitos, disseste,

hei-de mostrá-los ao meu namorado.
Nunca mais confiei nos versos

nem no gosto feminil.

                                                                       José Miguel Silva (n. 1969)

(do livro «Vista de um pátio seguido de desordem» - Relógio d'Água, Lisboa/2003)