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Na presente situação, eis um texto oportuno, acho eu.
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«Do ponto de vista das condições económicas do imperialismo, isto é, da exportação de capitais e da partilha do mundo pelas potências coloniais «avançadas» e «civilizadas», os Estados Unidos da Europa, sob o capitalismo, ou são impossíveis, ou são reaccionários.
O capital tornou-se internacional e monopolista. O mundo está repartido entre um punhado de grandes potências, isto é, de potências que prosperam na grande pilhagem e opressão das nações. (...) A Inglaterra, a França e a Alemanha investiram no estrangeiro, um capital não inferior a 70 mil milhões de rublos. Para receber o rendimentozinho «legítimo» desta agradável soma - um rendimentozinho superior a três mil milhões de rublos anuais - actuam os comités nacionais de milionários, chamados governos (...) O multimilionário não pode partilhar o «rendimento nacional» de um país capitalista com quem quer que seja, a não ser numa proporção «segundo o capital» (acrescentando ainda por cima que o capital maior deve receber mais do que lhe cabe). O capitalismo é a propriedade privada dos meios de produção e a anarquia da produção. Preconizar a «justa» partilha do rendimento nesta base é proudhonismo, estupidez de pequeno burguês e filisteu. Não se pode partilhar de outra maneira que não seja «segundo a força».
Lenine