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As coisas livres
Havia várias formas de chamar-te.
Chamar-te não era apenas dizer o teu nome.
Muito menos fazer-te virar a cabeça na direcção da casa.
Era conhecer-te o rosto - dedicado, disponível, raro.
As coisas livres ficaram escritas no chão.
Inês Fonseca Santos (n. 1979)
(do livro «As Coisas» - edição Abysmo, com ilustrações de João Fazenda, 2012)