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18h18 - Um jovem manifestante é preso pela polícia junto aos escritórios do FMI (Av. da República nº. 57).

18h25 - A cabeça da manifestação chega à Praça de Espanha. A Av. de Berna está repleta de gente em direcção aquela Praça. 

19h00 - Continuam a chegar pessoas à Praça de Espanha. Em Coimbra manifestaram-se cerca de 20 mil pessoas; em Évora mais de mil; em Braga 5 mil (segundo fontes policiais); em Aveiro 10 mil.

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16h50 - Manifestantes que se concentraram na Praça José Fontana, junto ao Liceu Camões, começam a avançar em direcção à Praça do Saldanha. Enquanto isso, centenas de pessoas já encontram na Avenida de Berna.

18h02 - Um grupo de manifestantes aremessa tomates e garrafas de água ao edifício da Avenida da República onde estão instalados os escritórios do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lisboa. Forças policiais mantém no local um cordão de segurança. A manifestação prossegue rumo à Praça de Espanha.

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«Para se chegar à fonte é preciso nadar contra a corrente.»

Stanislaw Jerzy Lec

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AS AMORAS

O meu país sabe as amoras bravas
no verão.     
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
    

                          Eugénio de Andrade (1923-2005)

(do livro «O Outro Nome da Terra» - 1988)