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ENSINA-ME A FAZER
Ó tu que agora lês sim
tudo é perfeito e imperfeito quando escreves
ou quando vês teu nome em lugar esparso e fugidio
Pudera o tempo ser assim impreciso e imperioso a ti
ó tu que lês
ó tu que escutas as lâmpadas voltadas para dentro
e achas de um nojo absoluto
as televisões que este natal nos trouxe
Ó tu que lês
ó tu que escutas
ensina-me a fazer agora as perguntas que não fiz
(Parede, 24-26.12.2012)