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Jan 13

 

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Soube-se há uns dias que em 2011 o Sr. Ricardo Salgado, do BES, se “esqueceu” de declarar ao fisco 8,5 milhões de euros.

Recordei-me logo que em Abril desse ano de 2011 o banqueiro em questão foi à televisão dizer que a situação portuguesa era preocupante e que seria necessário pedir um resgate financeiro. Sócrates, então Primeiro-ministro, logo acabou por seguir o conselho do venerável banqueiro…

O resgate tem servido, entretanto e unicamente, para salvar gente como o Sr. Salgado que, no entanto, em entrevista à última edição do «Expresso», afirma que «os banqueiros saíram mal desta crise financeira, de uma forma geral». E acrescenta que «a correcção dos erros do país está a ser feita». Pudera!...

É claro que, entretanto, o Sr. Salgado fez saber que regularizou a sua situação perante o fisco e que está «tranquilo» relativamente aos processos que estão a ser investigados pela Justiça e que envolvem quadros do BES.

Uma coisa eu sei: é gente do tipo do Sr. Salgado que arranja capatazes para os governos do capital que temos tido, despedindo-os e substituindo-os quando acha conveniente. Capatazes esses que continuaremos a carregar às costas enquanto não virarmos tudo isto do avesso - incluindo, é claro, gente da estirpe mandante e «tranquila» do género do Sr. Salgado!

 

(PS – Talvez seja para evitar que tudo seja virado do avesso que o orçamento do MAI foi aumentado este ano, não acham?)

 

publicado por flordocardo às 13:14

 

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Segundo dados de 2009 fornecidos pelo Eurostat, em Portugal existem 4,6 polícias por cada 1000 habitantes. Aqui, “polícias” significa agentes da PSP e da GNR. Este índice é superior ao da Alemanha (3) e da Grécia (4,5), por exemplo, e superior também ao da média da UE (3,7), só sendo ultrapassado pelo da Espanha (5,1).

Neste ponto (haja um!) concordo como o famigerado relatório do FMI, o qual chama a atenção para a necessidade de redução do número de polícias.

Porém, não esqueço que o Ministério da Administração Interna viu o seu orçamento para 2013 aumentado em 12,3 por cento relativamente a 2012, ou seja, vai embolsar mais 2,1 mil milhões de euros. E não me consta que o FMI tenha feito até agora qualquer referência crítica ao caso…

 

publicado por flordocardo às 13:11

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