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Com as costas ainda bem quentes do apoio prestado por Cavaco Silva, Passos Coelho anunciou ontem um novo chorrilho de medidas de «austeridade» exclusivamente virado contra os trabalhadores, em particular os trabalhadores do Estado e os pensionistas.
Ao apresentar estas novas medidas celeradas, foi patente o esforço desesperado de Passos Coelho para tentar iludir o fundamental, ou seja: que tais medidas se destinam mais uma vez a pagar, a todo o transe, uma dívida ilegítima e da qual o povo português não é responsável!
Para Passos, Portas, Gaspar e companhia, contudo, a dívida tem que ser paga, ainda por cima e como se vê, por quem trabalha; mas não pelos facínoras do BPN, não pelos mandarins do BES, do BPI e quejandos, não pelos «empresários de sucesso» do tipo Belmiro e Amorim, não pelos senhores das «rendas excessivas» e das PPPs, não pelos gestores "públicos" viciados nos SWAPS... Esta tomada de posição deixa tudo meridianamente claro, limpinho!
Está mais do que provado: quanto mais tempo este governo PSD/CDS-PP se mantiver no poder maior e mais profundo será o descalabro do nosso povo e do nosso país.
O anúncio destas novas medidas terroristas, portanto, só pode ter como resposta a intensificação do movimento de massas pelo derrube deste governo de traição nacional e a rápida formação de um governo democrático patriótico. Isto passa cada vez mais pela exigência da demissão do Presidente da República, uma vez que este governo é claramente o seu governo (e o da troika também, claro está).
Abaixo!!!