22
Jun 13

 

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CAVACO E GOVERNO COELHO/PORTAS UNIDOS

NA IMPOSIÇÃO DE UM REGIME FASCISTA

Perante a decisão de um tribunal arbitral de não considerar exigível a existência de serviços mínimos no caso da greve dos professores, Passos Coelho reagiu da seguinte maneira: ou o tribunal revoga essa decisão ou eu altero a lei para passar a impor esses serviços mínimos.

O Tribunal Constitucional, como se sabe, proferiu um acórdão a declarar inconstitucional o confisco dos subsídios de férias e de Natal aos trabalhadores em funções públicas.
Passos Coelho, furibundo, reagiu imediatamente com a aprovação de novas medidas terroristas contra os trabalhadores (para além das que foram aprovadas pelo mesmo TC) e, quanto ao pagamento do subsídio de férias, decidiu que só os pagaria na totalidade em Novembro.

E, para isso, sabendo que tinha uma lei em vigor a proibi-lo, fez logo uma nova lei.

Mas para dar total cobertura a uma autêntica fraude, precisava que essa lei fosse promulgada pelo presidente da república ainda no mês de Junho.

Em lugar de demitir logo o governo e mandar prender quem assim agia, Cavaco – que dispunha de vinte dias para apreciar e promulgar ou não a lei em causa – promulgou-a em menos de vinte e quatro horas, sem se preocupar minimamente, o que não surpreende, com as condições dramáticas para que ele e o seu governo atiraram milhares de portugueses.

No caso, Cavaco permitiu-se mesmo provocar quando, na véspera da promulgação e instado a pronunciar-se sobre o momento do pagamento daqueles subsídios, referiu que o normal era, como sempre foi, serem pagos em Junho e Novembro.

É preciso começar a chamar os bois pelos nomes!

Estamos perante autênticos fascistas para quem, para satisfazer os apetites dos ocupantes, não existe o mínimo entrave legal ou constitucional e que se preparam para, quando – como está já a suceder – se intensificar a resistência e a luta para correr com eles, deixarem cair definitivamente a máscara e iniciarem uma feroz repressão sobre os trabalhadores e patriotas.

Com um governo e um presidente destes, de traição nacional, não há nada a discutir ou negociar, não existe qualquer hipótese de concertação ou diálogo, nem, como pretende sempre o PS de Seguro com medo que a revolta popular ganhe novas proporções, convites para revogar decisões a troco de aplausos ou reconhecimentos.
Conciliar com o governo PSD/CDS ou pedir ao seu patrono Cavaco para o demitir é ser cúmplice da política de traição que ambos protagonizam, de esmagamento da classe operária e liquidação total da nossa soberania e desenvolvimento económico em benefício do povo português.

Na boca de qualquer dirigente político que se pretenda democrata e patriota só pode estar a exigência do derrube imediato do governo; no discurso político de quem não queira fazer o jogo dos ocupantes da Tróica só pode caber a defesa de uma ampla unidade, não apenas da esquerda ou dos partidos da esquerda (em que querem muitas vezes encafuar Seguro e Cª), mas de todos os sectores sociais democratas e patriotas, em torno da luta permanente contra este governo, até levar ao seu derrubamento.


publicado por flordocardo às 03:06

21
Jun 13

 

 

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Cavaco promulgou ontem o documento que permite pagar os subsídios de férias aos funcionários públicos e reformados, segundo o estratosférico plano do governo PSD/CDS-PP. Mas o Orçamento Rectificativo recém aprovado no Parlamento ainda não foi promulgado...

E então não era este Orçamento que Passos Coelho dizia que aguardava para "legalizar" o pagamento dos tais subsídios? Fui eu que percebi mal ou sou eu que sou muito estúpido?...


publicado por flordocardo às 02:44

20
Jun 13

 

 

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A minha tia Emília continua acamada em casa (e com complicações); morreu o actor James Gandolfini, de que eu tanto gostava; levantou-se um vento irritante; e, por último, o meu portátil começou a geniar...

 

Em véspera do início oficial do Verão, isto está complicado, isto está mau...

 

publicado por flordocardo às 12:31
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18
Jun 13

 

 

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(por vezes apetece torcer um verso antigo)

 

 

por vezes apetece torcer um verso antigo

desmembrá-lo

fazê-lo sucumbir por outra forma de luz

ou treva

como outra casa por erguer

usando a taipa como um grito

pois o silêncio asfixia e mata

 

às vezes apetece violar-lhe a usura já esquecida

estabelecer-lhe um novo fim

eivá-lo por exemplo de mulheres antigas

ancestrais

à falta de algo que não meta nojo

e como se o vento bastasse para renovar seu rosto

 

(Parede, 12-18.06.2013)


publicado por flordocardo às 05:30

17
Jun 13

 

 

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Hoje sou professor e também turco.

 

Prescindo de dar mais explicações - por razões inteiramente óbvias, creio eu.


publicado por flordocardo às 03:16

 

 

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(Recortar pedaços de vazio)

 

 

Recortar pedaços de vazio

e empilhá-los num costado

para que ninguém os preencha.

 

Pegar depois nesses recortes,

como fazem os alunos aplicados

com os papéis coloridos,

e armar uma casa, uma árvore, uma paisagem

ou até mesmo a figura de um homem.

 

Faltarão a cor e os matizes,

sobrará a transparência,

mas ninguém poderá ensaiar aí a fúria

e destroçar aquilo que não está.

 

E talvez, sem que ninguém preencha nada,

apareça uma cor desconhecida,

uma cor que nunca chega a apagar-se,

um cor indelével

como uma recém-nascida inexistência.

 

 

                                        Roberto Juarroz (Argentina, 1925-1995)

 

(do livro «Voz Consonante – traduções de poesia» - por António Ramos Rosa, com organização de Ana Paula Coutinho Mendes – Quasi Edições, Julho/2006)


publicado por flordocardo às 02:43
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15
Jun 13

 

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Caríssimos:

 

Registou-se por aqui uma pequena (grande!) "bronca" com os links das minhas VIAGENS, ou seja, "evaporei" daqui os blogues e sites que costumo visitar.

Pretendia fazer uma limpeza e deu nisto. É o que faz andar meio extenuado, por virtude de uma série de coisas.


A ordem será resposta em breve, está bem?


publicado por flordocardo às 02:02

13
Jun 13

 

 

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(Eu sei que já passou o 10 de Junho e que é dia de Stº. António. Mas...)

__________________


Evocação de Camões em Constância

 

ao certo nunca saberei se aqui/ estiveste neste lugar onde se abraçam/ águas sob o olhar de choupos e oliveiras/ e casas muito térreas caiadas pela primavera

 

ao certo nunca saberei/ qual dos rios tem a água mais fria em qual deles/ terás escrito porventura alguns dos versos sentado/ talvez em lajes afagadas pelos aluviões do tempo

 

ao certo nunca saberei se aqui/ colheste algumas flores mas posso sem custo imaginar-te/ aqui com ou sem amores caminhando nas margens/ de um e outro rio entre um copo e outro copo/ e outro corpo e ver-te assim deambulando/ ainda bem mais longe lá nas águas pardas do mékong

 

ao certo ao certo nunca/ saberei mas posso ver-te?


publicado por flordocardo às 05:12

 

 

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«Sardinha sem pão é comer de ladrão.»

publicado por flordocardo às 04:05

12
Jun 13

 

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Criativo, sem dúvida...

publicado por flordocardo às 02:31

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