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Há dias, o governo anunciou o aumento de 1,1 por cento do PIB no último trimestre. A coisa indiciava que tudo se estava a compôr...
No entanto, não existe exercício de matemática que consiga apagar uma evidência: o aumento contínuo do défice e da dívida - isto apesar do PS, do PSD e do CDS, contando com a cobertura de Cavaco Silva, terem sempre dito ao povo que o programa de resgate que tinham acordado com o FMI, o BCE e o extinto FEEF, teria como objectivo reduzir quer um, quer a outra.
Pois bem, dado que a dívida atingiu os 131,4 por cento do PIB, de novo se comprova, preto no branco, que a dívida é absolutamente IMPAGÁVEL. Trata-se de pura matemática!
Mesmo que a economia estivesse a crescer, como anunciou o governo, 1,1 por cento, qualquer criança do ensino primário compreende que, pagando juros superiores a 6 por cento, essa dívida nunca poderá… matemáticamente… diminuir. E é precisamente isso que… matemáticamente… a torna IMPAGÁVEL! A economia teria de gerar um crescimento, no mínimo – e uma vez mais, matemáticamente – idêntico aos juros que são cobrados!
Duvido fortemente que isto venha a ser visto e discutido nas "universidades de Verão" do PSD, do PS e do BE, ou sequer ali para os lados do Largo do Caldas, em Lisboa.
Estes "matemáticos" de pacotilha tem de ser derrubados!