Alguns seres deste país têm andado por aí agitados com a revisão da Constituição, tomando por base as recentes propostas nesse sentido apresentadas pelo PSD.
É um facto que eu nunca entendi porque é que a nossa Constituição tem tantos artigos, quando considero que 15 ou 20 bastariam. Mas como isso é assunto que penso abordar depois, eis que, por ora, aqui vos deixo só com uma observação que acho pertinente a este respeito.
Quem lançou para a praça pública o tema/problema da revisão constitucional foi um senhor chamado Luís Amado. Por sinal, o sr. Amado é do PS e mesmo ministro dos Negócios Estrangeiros…
Pois foi ele que “lançou o barro à parede” quanto à possibilidade de a Constituição da República Portuguesa vir futuramente a contemplar disposição que consagrasse (muito germanicamente, aliás…) limites para o défice. Na verdade, em Maio, o ministro afirmou (a respeito da próxima revisão constitucional): «haverá uma reacção positiva dos mercados se, por exemplo, formalizarmos uma norma travão que crie um limite para o défice e endividamento. Um valor aceitável que não impeça uma resposta adequada em momentos de crise».
Eu digo-vos isto só para lembrar, só para vos aguçar o engenho, entendem?...
Voltarei ao assunto.