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BOM CONSELHO

 

Põe sempre os nomes aos bois

Nas histórias que contares.

Ou logo os burros depois

Se queixam de os retratares:

“Mas são as minhas orelhas!

Este azurrar é o meu!

Se estas são minhas guedelhas!

Ai este burro sou eu!

Não me nomeie ele embora,

Toda a Pátria vai agora

Saber-me por burro, hin-hã!

Ai que eu, hin-hã, hin-hã!”

- Quiseste a um burro poupar…

Logo doze hão-de zurrar.

 

                                 Heinrich Heine (Alemanha, 1797-1856)

 

(do livro «Poesia de 26 Séculos» - Antologia organizada por Jorge de Sena - Asa,2001)

publicado por flordocardo às 14:42
tags:

Bem apanhado!
Abraço! :)
TF a 7 de Outubro de 2010 às 12:44

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