09
Nov 10

 

 

*

Cantiga do Ódio

 

O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros? 

                                         Carlos de Oliveira (1921-1981)

(do livro «Mãe Pobre» - 1945)

 

publicado por flordocardo às 12:47
tags:

De rastos é que não!
incógnito a 9 de Novembro de 2010 às 15:16

Novembro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
12

14
18




Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO