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Dez 10

 

 

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(Quero dar-te um nome, meu amor)

 

Quero dar-te um nome, meu amor,

um nome inventado,

um nome secretamente, que só tu conheças

e tires sozinha como um brinco da orelha.

Quero te dar um nome, meu amor,

mas só encontro este corpo, como escudo

em que grave o teu nome,

teu nome secretamente, que só os dois conheçam.

Quero te dar um nome, meu amor,

mas desisto. Estou aqui

e me dispo. Teu nome é o meu afago,

minha mão, minha ternura, eu não ser o teu nome,

tu

jamais existires.

 

                                    José Santiago Naud (Brasil, n. 1930)

(do livro «Conhecimento a Oeste» - Moraes Editores, Abril/1974)

                                                                                            

publicado por flordocardo às 17:40
tags:

Bonito... bjinho
ónix a 8 de Dezembro de 2010 às 22:40

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