09
Jan 11

 

*  *

 

Lei

 

O que é preciso é entender a solidão!
O que é preciso é aceitar, mesmo, a onda amarga
que leva os mortos.

O que é preciso é esperar pela estrela
que ainda não está completa.

O que é preciso é que os olhos sejam cristal sem névoa,
e os lábios de ouro puro.

O que é preciso é que a alma vá e venha;
e ouça a notícia do tempo,
e, entre os assombros da vida e da morte,
estenda suas diáfanas asas,
isenta por igual,
de desejo e de desespero.

(1954)
                                Cecília Meireles (Brasil, 1901-1964)

 Luz

publicado por flordocardo às 13:24
tags:

Mais uma vez, um belo poema aqui aparece.
Bjitos!
Melt a 10 de Janeiro de 2011 às 11:20

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