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Jan 11

 

*    *

 

Uma só palavra

 

Agora tenho de escrever o poema

porque nada está escrito. E o que se acaba não acaba

e os temas todos são o mesmo tema

e todas as palavras uma só palavra.

 

Qual ela seja ao certo ninguém sabe

mas algures estamos nela e ela em nós.

E nela cabe a vida e nela cabe

o que depois da vida não tem voz.

 

(Entre Lisboa e Foz do Arelho, 3-6-2006)

 

                                                             Manuel Alegre (n. 1936)

 

(do livro «Doze Naus» - Publicações Dom Quixote, Lisboa/2007)

 

publicado por flordocardo às 15:56
tags:

Belo poema.
Lamentável não ter havido 2ª. volta; mas há uma direita a cantar de galo, sem ter razões para tal, acho eu... Terá começado um novo "ciclo político"?
Força!
ramsés a 24 de Janeiro de 2011 às 17:58

Gosto (e fui votar no autor).
TF a 24 de Janeiro de 2011 às 23:07

Belo... Manuel Alegre é um poeta fantástico. Foz do arelho reportou-me aopassado...
Abraço
ónix a 27 de Janeiro de 2011 às 21:35

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