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Jan 11

 

*   *   *

 

(Para quê falar?)

 

Para quê falar?

Mas para quê calar?

 

Não há ouvido para a nossa palavra,

mas também não há ouvido para o nosso silêncio.

Ambos se alimentam unicamente entre si.

 

E às vezes permutam as suas zonas,

Como se quisessem amparar-se mutuamente.

 

                                                       Roberto Juarroz (Argentina, 1925-1995)

 

(do livro «Poesia Vertical - Roberto Juarroz» - antologia tradução e notas de Arnaldo Saraiva - Campo das Letras, Editores S.A., 1998)

  

publicado por flordocardo às 12:36
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Janeiro 2011
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