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Há momentos na vida que nos trocam por completo as prioridades, aquilo que considerávamos - e consideramos - ser de facto relevante em termos sociais e humanos. Será transitório, mas este é um desses momentos pelo qual agora passo.
Queria falar-vos das parvoíces políticas (ingenuidades, no mínimo) que tenho ouvido, de algumas pessoas que prezo, sobre o apelo ao voto em Alegre; da última cimeira europeia, marcada por nova investida reaccionária do eixo franco-alemão; da bagunça que são as bases de dados da PSP, da GNR, da ASAE e de sei lá mais o quê; das taxas de juro sobre a dívida que ontem bateram novo recorde; das patéticas ameaças de «moções de censura» ao governo, etc. Queria falar-vos de tudo isto e não consigo (e, já fora de prazo, não o farei). Até queria concluir a minha entrevista a Bocage, há tanto iniciada e prometida...
Penitencio-me. E prometo (mesmo!) voltar à actualidade.
Todavia, sucede que vou entrar num tratamento tipo 2 em 1 (terapia quimio/rádio). Provavelmente a partir da próxima segunda-feira. Eis a prioridade do momento, a qual me deixa pouco espaço para outro tipo de reflexões. Todavia, prometo esforçar-me para que tudo não fique confinado aí. Prometo mesmo!
Se continuarem por aí, como espero, conseguirão provavelmente testemunhar esse esforço.
Vamos nessa?